quinta-feira, 5 de maio de 2011

PERSPECTIVAS SOBRE O COMPORTAMENTO ANORMAL

Resumo pelos acadêmicos: Pâmila Saldanha, Bruna Rocha, Alessandra Perrachia, Danielly Perentel, Jennifer Morinigo e Diego Cassol.

Abordagem biológica

Das muitas teorias das causas da esquizofrenia, talvez a mais conhecida seja a idéia de que ela tem uma base biológica. Essa visão, consistente com a interpretação geral do comportamento anormal segundo a abordagem biológica, reflete o modelo médico. Sugerir que há algum tipo de defeito físico fundamental parece consistente com a aparente gravidade e com o prognóstico geralmente ruim para a recuperação permanente encontrada na esquizofrenia; ou seja, sugerir que há uma diferença fisiológica fundamental entre aqueles que têm esquizofrenia e aqueles que não têm pode ser tranqüilizador para pessoas que querem acreditar que “isso não pode acontecer comigo.”
Portanto, a abordagem biológica do comportamento anormal baseia-se no modelo-médico, que supõe que os transtornos baseiam-se em causas físicas. Devido ao papel do cérebro no controle do comportamento, as causas são, em geral, atribuídas às anormalidades na estrutura ou no funcionamento do cérebro.

Abordagem behaviorista da esquizofrenia

De acordo com a abordagem behaviorista o comportamento anormal é interpretado como uma aprendizagem mal-adaptativa. Os behavioristas vêem o termo esquizofrenia como não possuindo valor etiológico.
Essa abordagem enxerga o comportamento anormal como baseado na aprendizagem de reações inapropriadas. Técnicas de modificação do comportamento, com a dessensibilizacão sistemática, tem sido usada para tratar vários problemas, em termos de tratamento, vários estudos tem mostrado que o reforcamento pode ser eficiente na modificação do comportamento de indivíduos com esquizofrenia.

Abordagem Cognitiva

A terapia cognitiva é uma forma que se concentra no papel de crenças equivocadas e padrões de pensamento no comportamento anormal, como também encoraja a testagem de crenças via estratégias comportamentais. A modificação cognitiva do comportamento se concentra no papel de mediação simbólica no tratamento do comportamento anormal.
Nesse tipo de abordagem, o individuo e o terapeuta trabalham juntos para identificar áreas problemáticas e para então desenvolver novas auto-afirmações que sejam mais eficazes.
Ao lidar com a esquizofrenia, a abordagem cognitiva tenta em concentrar na analise de vários tipos de sintomas e na sugestão de explicação baseados no processamento cognitivo defeituoso. No entanto, focalizaremos três aspectos: delírios, linguagem e perturbações de pensamento.
Os delírios são as crenças que parecem contradizer a realidade. A linguagem é encarada como um balbucio incoerente, uma salada de palavras, ou uma regressão à fala infantil. A perturbação de pensamento pode parecer muito desconcertante, a qual chama atenção sobre a referência defeituosa e os erros lógicos. A referência defeituosa envolve a má interpretação da importância dos estímulos e dos eventos.
Do ponto de vista da abordagem cognitiva, os indivíduos com esquizofrenia tem um problema de atenção defeituosa, ou seja, uma dificuldade em escolher e em atender os estímulos importantes em uma situação parece incapaz de manter seus pensamentos concentrados.

Abordagem psicodinâmica da esquizofrenia


Segundo Freud, os indivíduos usam uma tática para lidar com o conflito e estresses esmagadores – a regressão. No caso da esquizofrenia considera-se que o indivíduo regrediu todo caminho de volta a um estágio de bebê ou ao estágio oral do desenvolvimento psicossexual. O comportamento de um indivíduo com esquizofrenia é considerado semelhante ao de um bebê ou de uma criança. Um indivíduo s no estágio oral, que deseja algo, precisa apenas fantasiar para que isto exista Muitas crianças tem amigos imaginários que se tornam quase reais para elas. Para a pessoa que regrediu e desenvolveu esquizofrenia, esses amigos imaginários são reais. A diferença entre os adultos bem ajustados, é que estes têm egos bem desenvolvidos que estabelecem limitem sobre a atividade da fantasia, constantemente checando-a com a realidade. No entanto, mesmo os indivíduos bem ajustados têm lapsos ocasionais no controle do ego, que permitem vislumbres de pensamentos semelhantes ao psicótico. Isto tende mais a ocorrer durante os sonhos ou enquanto estamos muito relaxados e o ego encontra-se menos vigilante.
Essa relação mãe-filho é crucial no desenvolvimento da esquizofrenia. Geralmente as mães dos filhos que nasceram com esquizofrenia são superprotetoras e controladoras, mas, ao mesmo tempo, rejeitadoras e distantes. A superproteção da mãe supostamente sufoca o desenvolvimento emocional da criança enquanto sua distância emocional priva a criança de segurança pessoal. O desenvolvimento emocional limitado em combinação com falta de segurança deixa o indivíduo vulnerável e quando se defronta com estresse o indivíduo entra em colapso.


Abordagem Humanista

Segundo WILLIAM E. GLASSMAN E MARILYN HADAD, afirmam que a abordagem humanista declara que o significado do comportamento só pode ser entendido em termos das próprias percepções e da experiência de um individuo e essa ênfase fenomenológica, é fundamental para todas as varias teorias humanistas, tendo uma importância particular quando se considera o comportamento anormal.
Como a abordagem psicodinâmica a abordagem humanista enfatiza as distorções do desenvolvimento. No entanto, interpreta as origens da distorção de uma maneira muito diferente da de Freud ou da de outros teóricos psicodinâmicos, onde os comportamentos que são rotulados como a “esquizofrenia” representam a relação do individuo com o mundo, por mais distorcidas que pareçam para as outras pessoas, para o terapeuta humanista a preocupação principal é, o que a pessoa esta vivenciando como disse Rollo May, concentrar-se no como e no por que da condição do individuo vai resultar em entender “tudo, exceto a coisa mais importante, que é a pessoa em si” (May, 1961, p.25), Por essa causa terapeutas humanistas tendem a retirar aos esquemas diagnósticos com DSM que se destinam a caracterizar as pessoas de maneiras restritas.
No caso na linha humanista o foco é o que a pessoa vivencia na esquizofrenia, em certo sentido, parece que a pessoa enxerga as demandas do ambiente como sentido interessante conflito com as necessidade do self , Segundo o psiquiatra britânico com formação em psicanálise Laing que passou a adotar uma visão Humanista menciona isso como o “o self dividido” , que vem a ser uma divisão criada pela nesse cidade de satisfação.

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4 comentários:

  1. Li e gostei muito do artigo, mas tenho uma dúvida: um jovem que nao consegue se organizar nas mínimas coisas em relaçao seu habit, material de estudo, roupas, e nao se concentra, pode ser um sintoma de esquizofrenia???
    obrigada

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    1. Olá, a resposta para sua pergunta seria sim e não.
      Sim porque com o acometimento de esquizofrenia, segundo o psiquiatra professor da USP Wagner Gattaz, num estágio mais avançado da doença há um prejuízo de fatores cognitivos como memória e concentração, pois suas vontades e impulsos ficam diminuídos e achatados. Indico a leitura do site entendendoaesquizofrenia.com.br, no link: http://entendendoaesquizofrenia.com.br/website/?page_id=144
      para uma pesquisa mais detalhada.
      E não, porque não são apenas estes os sintomas da esquizofrenia, como deve ter percebido. É importante um psicodiagnóstico para uma avaliação mais detalhada dos motivos da falta de concentração, organização, percepção, memória, dentre outras funções cognitivas.
      Até logo.

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  2. Eu nao achei o q realmente procurei! Procurei sobre comportamentos anormais mais sobre manias esquisitas .

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    1. Sim, o artigo trabalha como cada abordagem entende e analisa os comportamentos anormais.

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