sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A CRIANÇA E O DESENHO

Por Heloisa Ribeiro
Todo processo de conhecimento, aprendizagem e expressão humana se dá sobre dois fatores: as vivências concretas e suas simbolizações, através do que  é sentido. Um fenômeno comum a todas as culturas – desde as consideradas mais civilizadas às mais primitivas – é a arte. A do homem pré-histórico inclusive, é tudo que restou, integralmente de nossos antepassados. Muitas informações nos foram transmitidas através dos desenhos encontrados nas cavernas e rochas. Susanne Langer, estudiosa norte-americana, afirma que esta imaginação primitiva – esta produção de imagens mentais – foi o primeiro passo na criação, não apenas da arte, mas também da linguagem. Ou seja, ao evocar imagens mentais daquilo que havia visto, o homem das cavernas as representou, criou sons e símbolos e se comunicou.
A criança, de forma poética, revive esses momentos em suas expressões espontâneas. A criança e o desenho Em seu livro “L’Education Artistique et la Psychologie de L’Enfant” (1954), Jean Piaget aponta dois fatos que vê como paradoxais: O primeiro fato observa que a criança pequena parece mais bem dotada do que a de mais idade, nos domínios do desenho, da expressão simbólica. O segundo fato, diz respeito à dificuldade do autor em estabelecer estágios regulares de desenvolvimento no caso do desenho e da expressão artística, tal qual estabeleceu em outras funções mentais.
As primeiras manifestações espontâneas do que se pode chamar de arte infantil devem também ser vistas como tentativas sucessivas de conciliação entre as tendências próprias do jogo simbólico e a expressão do eu e a submissão do real. A criança pequena começa espontaneamente a exteriorizar sua personalidade e suas experiências inter-individuais, através da expressão gráfica, sem os obstáculos, as regras e as noções estéticas sociais que ainda irá absorver. Existe, de um lado, a realidade material e social a qual a criança adapta-se e, conseqüentemente, às suas regras e meio de expressão. E, existe também, o que é sentido, vivenciado e desejado consciente e inconscientemente pelo eu. Ambos formam a expressão. Seja ela verbal, artística ou física.

PSICANÁLISE E PSICOTERAPIA - Uma Articulação Teórico-Clínica

 Um texto de:
Carlos Leal, Elizabeth Hermanson, Jocelém Botelho e Maria Helena Peixoto de Oliveira*
 
              Viver uma experiência psicanalítica, tanto do lugar de analista como de analisando, é poder praticar a arte do falar e do ouvir.
            Foi ouvindo que Freud criou a psicanálise e, justamente ouvindo, é que a psicanálise pode constantemente se recriar.
            O que dizem nossas clínicas?
            Nos últimos tempos, uma série de artigos contrapondo psicanálise e psicoterapias vêm sendo publicados, tanto no Brasil como no exterior, procurando delimitar fronteiras e estabelecer identidades teórico- clínicas.
            O que significa isso? A psicanálise mudou? Os “tempos” mudaram? As subjetividades têm novos modelos de se constituir? A globalização invade as práticas clínicas?
Quem de nós, psicanalistas, nunca se perguntou, no refúgio das paredes de seus consultórios, se o que faz com aquele determinado paciente é psicanálise ou não?
            É psicoterapia ou psicanálise? Implicando a questão, na maioria das vezes, em juízos de valor.
            Tentando pensar esse contraponto, que não é novo, pois Freud já se referira a ele, nos propomos a fazer um estudo considerando como eixos de reflexão os aspectos históricos, a identidade teórico-clínica destas práticas, e as questões relacionadas à formação e identidade dos terapeutas no contexto atual.  
Contextualização Histórica
 De que forma compreendemos a relevância deste tema no contexto da clínica contemporânea ?
            Partindo dos verbetes sobre Psicanálise e Psicoterapia enunciados por Laplanche e Pontalis (1983) no seu Vocabulário de Psicanálise:
 

CAMPOS DE ATUAÇÃO

Conforme presente no site do Conselho Federal de Psicologia (PolOnLine) temos que:

Psicologo Clínico:
Trabalha com indiduo ou grupo de indivíduos, com ojetivo de cura ou prevenção.
O psicólogo clínico realiza avaliações e diagnósticos psicológicos de entrevistas, testes, dinâmicas, visando prevenção e tratamento de problemas psicológicos. Esse atendimento pode ser individual ou em grupo, familias, de acordo com as diversas situações é ajustado. Trabalha em vários estágios: gestação, com crianças, pacientes terminais. Ajuda em ambitos gerais e específicos. Além de poder realizar pesquisas para ampliar o conhecimento teórico sobre a saúde mental.

Psicólogo do trabalho
Pode trabalhar sozinho ou em uma equipe multidiciplinar, em qualquer lugar onde tenha relações de trabalho.
Trabalha avaliando e planejando formas de otimizar os recursos humanos. Participa de seleção de pessoal, utilizando de técnicas para acessorar na busca por pessoal qualificado. Sendo que também trabalha na análise, qualificação e treinamento. Também é responsável por fazer diagnósticos psicossociais sobre a instituição, acompanhando nessa instituição mudanças na forma de trabalho.

Psicólogo do transito
Realiza exames psicológicos em candidátos que desejam tirar habilitação para dirigir automóveis, participa de equipes que visão a prevenção de acidentes no transito.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

COMUNICAÇÃO GESTUAL OU NÃO VERBAL

           Texto escrito pela fonoaldióloga Roberta Medeiros, consultora em comunicação interpessoal empresarial, pós graduada em Fluência e Funções Orofaciais. Mais informações no site: http://www.robertamedeiros.com.br/

O recurso não verbal mais praticado pelo homem é o gesto. As mãos ganham força e vida aliado ao que falamos. Sejam os gestos produzidos conscientemente ou de forma involuntária, sem que percebamos, terá o poder de potencializar suas idéias e pensamentos de forma positiva ou negativa. Este tipo de recurso surge como forma de reforçar o que está sendo pronunciado através da linguagem oral, oferecendo a expressividade, compreensão e emoção.

A comunicação envolve aspectos conscientes e inconscientes, os quais possuem o poder de significar sua imagem pessoal e profissional, bem como (re)significar as relações sociais.

O que você pensa e sente ao ver uma pessoa discursando e gesticulando de forma rápida? Ou ainda, introduz as mãos aos bolsos, às vezes fica de braços e pernas cruzadas e anda com uma postura encurvada? Provavelmente esta mensagem que o orador transmite é de insegurança, medo, nervosismo e inabilidade. Diante destes aspectos o que chamará mais atenção no discurso, o tema, o conteúdo ou a forma como transparece e expressa seu pensamento?

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

HIPNOSE

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           Por: FRANÇA, Italys de S. et al. 2010.

           A Hipnose é uma técnica antiga utilizada para tratamento e cura de doenças desde muito tempo. Há anos se desenvolvendo, passa a ser considerada uma técnica reconhecida no meio científico e por esse motivo aplicada em áreas da saúde como Medicina, Odontologia e Psicologia. 
           
-->Segundo a resolução 013/00 de 20 de dezembro de 2000, considerando que a hipnose possui um valor histórico no trabalho do psicólogo, as possibilidades do uso da técnica na terapia e seu avanço, que é uma técnica reconhecida na área da saúde como capaz de contribuir na resolução de problemas psíquicos e físicos e que também é uma técnica reconhecida na comunidade cientifica nacional e internacional, resolve que a hipnose é um recurso auxiliar do trabalho do psicólogo, onde este seja capacitado para desenvolver a técnica, onde o psicólogo não está autorizado a utilizar da técnica como algo sensacionalista, que denigra a imagem ou integridade da pessoa. (Resolução 013/00, CPF)