terça-feira, 29 de março de 2011

O PSICODIAGNÓSTICO NA TERAPIA COGNITIVA-COMPORAMENTAL

BATISTA, Railene; BATTISTI, Clarissa F.; FRANÇA, Italys de S.;  GONÇALVES, Renata R.; PACHECO, Aline K. B.

O PSICODIAGNÓSTICO NA TERAPIA COGNITIVA-COMPORAMENTAL

Trabalho apresentado à Disciplina de Psicodiagnóstico I, do 7º semestre, do Curso de Psicologia da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde.
Professora: Lia Dauber

1 INTRODUÇÃO

O trabalho busca esclarecer como é realizado o Psicodiagnóstico sob a perspectiva da abordagem da Terapia Cognitivo Comportamental, bem como conceitualizar os termos para um melhor entendimento do assunto abordado.
Buscou-se fazer uma explanação no âmbito geral do assunto a fim de que pudéssemos ter a noção de como se realiza o psicodiagnóstico na modalidade de terapia já acima citada.


2 CONCEITOS

2.1 Psicodiagnóstico

O Psicodiagnóstico, segundo Cunha et al. (1993) e Cunha (1996) citado por Cunha (2002), “é uma avaliação psicológica, feita com propósitos clínicos; (...)”.
Ainda, o Psicodiagnóstico tem por objetivo avaliar as forças e fraquezas no funcionamento psíquico, com foco na existência ou psicopatologia. Para tal avaliação podem-se utilizar várias estratégias de avaliação que podem variar de acordo com a abordagem teórica de trabalho de cada psicólogo. (CUNHA, 2002)
Segundo Noronha e cols. (2003), apud Souza e Cândido (2010) o psicodiagóstico também tem por objetivo avaliar, planejar e guiar o cliente para a escolha de uma terapia.

2.2 Terapia Cognitivo Comportamental

A Terapia Cognitivo Comportamental busca a mudança no pensamento e no sistema de crenças do cliente, pois as emoções e sentimentos disfuncionais são causados, não por situações determinadas, mas sim pela forma com que as pessoas vivenciam e enxergam tais situações. (BECK, 1997, apud SOUZA e CÂNDIDO, 2010)
Range (2001), citado por SOUZA e CÂNDIDO (2010), menciona que é por meio desta terapia que, terapeuta e cliente trabalham juntos, tanto para identificar quanto para testar os pensamentos automáticos, que estariam prejudicando o cliente a realizar suas metas. As autoras ainda nos trazem a colaboração de Beck (1997), onde ele postula que além dos pensamentos automáticos, na terapia ainda são trabalhadas as crenças subjacentes ou intermediárias e as crenças nucleares ou centrais.


3 PSICODIAGNÓSTICO NA TERAPIA COGNITIVA-COMPORAMENTAL

Ultimamente para uma melhor comunicação entre os profissionais de saúde mental são utilizados os manuais de doenças mentais DSM IV, criado Associação Psiquiátrica Americana em 1994, e o CID 10, elaborado pela Organização Mundial de Saúde em 1993. (SOUZA e CÂNDIDO, 2010)
As autoras nos trazem que, além de necessidade de habilidade no uso dos manuais, o psicólogo não deve se restringir a utilizar somente tais meios de avaliação, mas também a entrevista, a qual colocam como instrumento poderoso do profissional psicólogo, capaz de fazer um diagnóstico diferencial.
O artigo nos traz Beck (1997) o qual expõe que na terapia cognitivo comportamental a avaliação proporciona uma estrutura básica no entendimento do paciente, onde para tal entendimento são formuladas hipóteses que nortearão o tratamento. Por meio de Caminha e cols. (2007) as autoras explicam que o terapeuta busca trabalhar juntamente com o cliente as questões que ali o levaram, fazendo com que o cliente exponha os problemas que devem ser tratados e avaliados e reunir informações que fazem o cliente manter o problema a fim de que possam montar um plano de tratamento adequado. O terapeuta cognitivo comportamental costuma utilizar-se de instrumentos de registro, avaliação e medida, todos padronizados, que o auxiliam na compreensão do caso.
Após reunir os dados necessários, o terapeuta formula hipóteses que nortearão a formulação de caso ou avaliação cognitivo-comportmental. Essas hipóteses podem ser mantidas, alteradas e até mesmo descartadas dependendo do resultado do tratamento. (KNAPP, 2004, apud SOUZA e CÂNDIDO, 2010)
As autoras colocam em destaque a citação de Araújo & Shinohara (2002) que dizem que mediante a utilização de testes, estes deverão ter por base a teoria psicométrica, onde, por mais de haver uma divergência entre teoria e prática, a utilização de instrumentos relativos à teoria cognitivo-comportamental é consenso entre os profissionais.


4 CONCLUSÃO

Percebeu-se a importância do psicodiagnóstico no sentido de nortear a indicação, ou não, para uma psicoterapia. Onde a habilidade do psicólogo na utilização dos instrumentos de avaliação é imprescindível, tanto na abordagem cognitiva comportamental quanto em qualquer outra linha teórica.
Fica visível a preocupação dos autores citados em cada vez mais aperfeiçoar a técnica de avaliação psicológica para que possam, mais precisamente, auxiliar o indivíduo a encontrar a melhor forma de se ajudar.


5 BIBLIOGRAFIA

CUNHA, Jurema A. Psicodiagnóstico-V. Porto Alegre: Artmed, p.19, 2002.

SOUZA, Isabel C. W. de; CÂNDIDO, Carolina F. G. Diagnóstico psicológico e terapia cognitiva: considerações atuais. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, v.5, n.2, pp. 82-93, 2010. Disponível em: . <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbtc/v5n2/v5n2a09.pdf>. Acesso em: 26 mar. 2010

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