quarta-feira, 24 de novembro de 2010

PERSONALIDADE (DSM IV)


Padrões persistentes de perceber, relacionar-se e pensar o ambiente e sobre si mesmo.
Os traços de personalidade são aspectos proeminentes da personalidade, exibidos em uma ampla faixa de contexto sociais e pessoais importantes. Apenas quando são inflexíveis, mal adaptativos e causa prejuízo funcional significativo subjetivo, os traços de personalidade constituem um Transtorno de Personalidade.
Bergeret é polemico o deliate dos conceitos de Normal e Patológico. Para Canguilhem (1966) o homem normal é aquele adaptado ao seu meio.
Os estudos iniciais sobre estruturas de personalidade se reportou ao advento da personalidade, e reportou que não havia grandes disparidades nas linhas de estruturas profundas nas organizações das personalidades “normais” e “neuróticas” (que se organizam em torno do complexo de Édipo, sob o primado genital).
Estudos conteporaneos demosntram que uma personalidade “normal”, pode entrar em qualquer momento da existência na patologia mental, inclusive na psicose e em seu inverso, quando tratado bem e precocemente. Hoje considera-se normal a pessoa que, mesmo com problemas profundos, consegue conformar-se a estes, adaptar-se a si e aos outros, sem se fazer rejeitar, apesar das inevitáveis divergências que ocorrem nas relações. Trata-se do sujeito que corresponde a estrutura profunda, neurótica ou psicótica não-descompensadas.
Traz consigo uma quantidade de fixações conflituais suficiente para ser doente, mas com flexibilidade, potencial adaptativo e defensivo as suas necessidades pulsionais, processos nos planos, pessoal e social.
ESTRUTURA: Se refere a uma concepção da organização profunda do plano psíquico. A maneira pela qual o psiquismo é organizado.
Para Freud (1933), Bloco de mineral cristalizado, quando cai, quebra-se de acordo com as fissuras internas, às vezes não visíveis do exterior, que já se encontravam determinadas de maneira original e imutável, próprio da estrutura do cristal.
O mesmo ocorreria com a estrutura psíquica,  a partir do nascimento (mesmo antes), em função da hereditariedadee do modo das relações com os pais, pressões internas e externas (Id e realidade), frustrações, traumas, conflitos, organização do Ego, defesas. O psiquismo individual se “cristaliza” com linhas de clireagem (acho que é isso a letra ta difícil... rsrs) original e invariável, que não necessariamente irá se “quebrar”. Se vier a se romper, a pessoa com estrutura neurótica somente virá a desenvolver uma neurose, a de estrutura psicótica somente virá a desenvolver uma psicose.
O tratamento pode restabelecer o equilíbrio, porem estará em processo saudável como uma estrutura neurótica bem compensada ou psicótica bem compensada.
Na estrutura neurótica, o recalcamento das representações pulsionais domina as outras defesas, respeitando a noção de realidade.
Na estrutura psicótica, há uma recusa e um não-recalcamento de parte da realidade, é a libido narcisista que predomina, de ordem imperiosa, imediata, automática. O objeto é desinvestido e aparecem as defesas primitivas.
Estados limítrofes, boderline, posição intermediaria, porém próxima de uma ou de outra das grandes estruturas, nunca um termo de passagem entre neurose e psicose. Pode se “cristalizar” em um quadro da linhagem neurótica ou psicótica.
A estrutura psicótica tem uma estratificação diferente na elaboração do pensamento, fisiologicamente diferente na sensibilidade às diferenças de percepção.
Para situar a psicose, no lugar de evolução da relação de objeto normal podemos dizer que ela é caracterizada por uma fixação, mantendo-se no registro pré-objetal; narcisista e pulsional da fase oral, que precede a possibilidade de distinguir “dentro” e “fora”, delimitando a base do futuro Ego e suas defesas. Irão prevalescer os fenômenos da introjeção e da projeção, sem uma diferenciação da realidade interior e o meio ambiente.
Os sucessivos “período alucinatórios do desejo” tem satisfação real pela presença verdadeira do objeto externo.
1.      A mãe (ou figura) hiperprotetora previne os menores desejos, tornando-os inexistentes, com a sua presença constatnte.
2.      a sucessiva ausência (mais rara), não permite que a criança ligue o tempo de espera as representações do objeto desejado,
3.      então, a função do desejo será insuficiente. A satisfação importuna, onde a mãe injeta o próprio desejo.

FUNÇÃO GERADORA DE INSIGHT
             A repetição da ausênciaretorno  é o que permite diferenciar mundo interno da realidade ambiental, por que alterna os períodos “alucinatórios do desejo”, diferenciando-os da satisfação verdadeira. As experiências alternadas de plenitude e falta é que organizam o SUJEITO, em um processo normal;
            É a passagem da situação fusional e narcisista ao progressivo distanciamento sujeito-objeto, que inauguram o Ego que se tornará autônomo, separado do ambiente, inicia-se ou não a relação objetal. O resultado desse processo delimita a passagem da zona de funcionamento psicótico e a entrada na problemática neurótica ou normal.
A diferenciação entre mundo externo e o mundo interno (ou fantasmático) possibilita a organização de um Ego separado, de funcionamento mental contemporâneo no comportamento e no psiquismo, passível de exprimir os conteúdos psíquicos pelas representações transmissíveis verbalmente.

4. TRASNTORNO DE PERSONALIDADE
É um padrão persistente de vivencia intima ou comportamento generalizado e inflexível que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do individuo. É estável, provoca sofrimento ou prejuízo e se inicia na adolescência ou começo da idade adulta. Relacionam-se principalmente as áreas (pág. 645 DSM IV):
a.       Cognição (processos de pensamento, percepção e interpretação de si mesmo, dos outros e eventos.
b.      Afetividade (adequação da resposta emocional, variação, intensidade e habilidade)
c.       Funcionamento interpessoal, e
d.      controle dos impulsos.
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